01/02/2012

o exército popular e a luz do mundo

Abaixo, uma surpreendente imagem, no momento em que os ocupantes do bairro Pinheirinhos (São José dos Campos, SP) se preparam para resistir a uma eventual desocupação, a ser feita com a brutalidade de sempre por parte das forças de repressão.  

Moradores do Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), preparados para resistir a reintegração de posse na última sexta-feira (13) (Nilton Cardin/Folhapress)

Isso é que se pode chamar de um verdadeiro exército popular de libertação: a precariedade
 e a fragilidade insistindo, resistindo, sustentando a tarefa que todos nós temos, ou  deveríamos ter, de construir neste planeta uma morada digna, e ao mesmo tempo
fazer desta vida uma  exercício de plenitude, generosidade  e lucidez; lucidez vem
de  luz e "vois sois a luz do  mundo",  já lembrava o  poeta-andarilho da Galiléia
que, há milênios, já semeava a revolução transcendente no mundo. 
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Embora tenha acompanhado atentamente a barbárie que foi a desocupação do Pinheirinho, por motivo de viagem não pude postar textos e imagens.
Na verdade, tinha preparado o texto e a imagem acima antes de viajar, para publicar em momento oportuno, em momento de celebração da vitória por parte dos moradores do Pinheirinho.

Não imaginava que a luta do Pinheirinho tivesse esse desfecho trágico e fascista, afinal a Justiça Federal dava respaldo a uma solução negociada, ou minimamente solidária.

Mas, ainda assim, e talvez em razão mesmo desse fascismo declarado, creio que vale a sua publicação. Fica ainda mais forte como símbolo de luta, resistência e perseverança. Lembrando que a imagem foi divulgada mais ou menos uma semana antes da barbárie do Pinheirinho, e o meu breve comentário escrito no dia 19.01.2012.

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Numa demonstração de lucidez, de indignação e de resistência ao fascismo, foram publicados à exaustão textos, manifestos e análises acerca dos episódios de Pinheirinhos e da expulsão dos moradores de rua do Centro de São Paulo. Entre tantas e gratificantes apresentações, separei dois interessantes textos (que inclusive têm afinidades nos seus títulos, lamentavelmente realistas)  que desnudam os reais motivos, tanto da desocupação do Centro de São Paulo, quanto da barbárie de Pinheirinhos:



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